Minha poesia não tem rima
minha poesia sucumbe ao verso
e destroi a estrofe.
Minha poesia é livre e prima
gosta do oposto do reverso
e de tudo que se move.
Minha poesia fala de tudo
de minhas cores do mundo
fala por mim, já que sou mudo.
Minha poesia é de busca
é de quem se recusa
a poucas gotas de chuva.
Minha poesia é imatura
é desesperada e dura
como o cavaleiro da triste figura.
Minha poesia é de protesto
é de desespero, de insatisfação
é de ferida e de extrema-unção.
Minha poesia morre comigo
é meu legado e umbigo
dança desesperada em meu precipício.
Minha poesia é de desafio
de precipício e de arrepio
de desencanto e extravio.
Um comentário:
Uma poesia bem "plutoniana"...
Consigo sentir as palavras, vivo um momento semelhante.
Abraço.
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