segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sóis em meu peito



Sóis em meu peito
sois em meu peito
um paradeiro estreito
sem medo e sem receio
sem dedo e sem freio
sois os sóis de meu peito
sois o dedo do meio
o creio e o arreio
sem receio nem enlevo.
Sois água fria e ria
ria da ilha e da ira
mas não ria da mira
que esfria a ilha
que seria nossa alforria
nossa moradia.
Sois invisivel
inconcebivel
intangivel.
Sois caminhada,
sois a mansarda
a eslava
a escrava
a virada
a cimitarra.
Traz o vento
traz em riste o dedo
o freio
o cedo
o meio
e o meu receio.
Sois uma
sois mil
sois vil
anil
pavio
número mil
Mil vezes nascer
mil vezes morrer
mil sóis plantar
mil campos arar
gerar toda fauna
regar toda flora
e não importa
semear-te
plantar-te
cuidar-te
esquecer de mim
viver você.

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